quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

PEDRO PARENTE E O PREÇO DA GASOLINA


Recentemente escrevi um artigo com o título: Pedro Parente e o preço do botijão de gás.

Pedro Parente é o atual presidente da Petrobrás, nomeado por michel temer. O homem que golpeou a Presidenta Dilma Roussef.

Agora vou falar um pouco sobre o preço do litro da gasolina. Tem a ver com temer, Meirelles e Pedro Parente. 

Gás e gasolina. Ambos são combustíveis. Liberam energia a partir da combustão. A energia do gás para cozinhar nossos alimentos. A energia da gasolina  nos motores a combustão, usados nos automóveis, para o transporte de passageiros.

Há 3 anos fiz uma viagem ao Uruguai. Verifiquei que o preço do litro da gasolina lá estava em R$ 5,00. Aqui no Brasil, não chegada a R$3,00.


Vivemos no Brasil sob os grilhões  da dívida pública, dragando só em juros 500 bilhões de reais por ano e sob os grilhões da sonegação fiscal, que também drena dos cofres públicos um valor estimado por auditores de 500 bilhões por ano. Estamos  submetidos à agiotagem do cheque especial, do cartão de crédito e  somos escravizados no Brasil, ainda,  por dois outros setores:

A)-As montadores de automóveis com seus preços exorbitantes, em um mercado fechado, num conluio entre setores nacionais e montadoras multinacionais e bancos;

B)- E a indústria e o mercado dos derivados de petróleo. Monopólio e oligopólio.  Aqui não está embutido nenhum ataque à Petrobrás. Uma empresa estratégica para o Brasil, que deveria  ter controle público e não estatal. Se for estatal, cada governante do dia aponta os objetivos da empresa para uma direção. Horroroso! Fazer o quê? Não temos nem um sistema de Comunicação Pública no Brasil imagine ter controle público sobre o nosso petróleo? É de chorar.

Falei isto para que a gente possa entender, minimamente, o quadro que vemos diariamente nas cidades e nas rodovias brasileiras e que interesses estão por trás desse quadro. Onde está a malha ferroviária de carga e passageiros? E o metrô?!E o transporte sobre as águas? A malha rodoviária, única opção de transporte de carga e de passageiros aunda é muito precária, salvo excessões. E as consequências... trânsito ceifando 50 mil vidas a cada ano. Impacto econômico grande, em todos os sentidos:

Nas cidades, temos um  transporte público de péssima qualidade, para dizer o mínimo, provocando estresse, consumo de tempo e custo elevado para o trabalhador, comparado com o valor do salário mínimo a R$ 1000,00 por mês, em valor bruto. Se fala muito da guerra das drogas. Se fala pouco sobre a guerra no trânsito, que mata 50 mil vidas anualmente. A globo não entra nesse debate. As montadoras são grandes anunciantes das empresas de comunicação. 

Gostaria imensamente que, além de já termos encaminhado de forma satisfatória as nossas políticas públicas em Saúde, Educação, Habitação e Saneamento, que estivesse na pauta, como política de estado, o Transporte Público. O transporte público de qualidade não  veio ainda. Nem vislumbro que teremos uma Política de Estado para esse setor no curto ou médio prazo. Paciência! Assim, o trabalhador brasileiro continuará sob pressão desses dois setores: as montadoras , tendo que fazer o deslocamento diário  em carro particular ou no transporte público. Como a opção  do transporte público é horrorosa, resta a opção de comprar o automóvel caro e tentar se virar nos 30! Aqui entra o pedro parente, novamente? Onde ele, temmer e meirelles  desejam chegar com esses preços do litro da gasolina? Empatar o preço brasileiro com o preço  Uruguaio  e, com isto, inviabilizar o automóvel e implantar um sistema descente de transporte público? Seria isso?

Se não for, será o fim do mundo. O trabalhador terá que ir para o trabalho a pé ou no lombo do jegue, novamente. Teremos que voltar ao fogão de lenha , com o preço atual preço do botijão de gás e ao lombo do jegue ou nas rodas da carroça, para nos deslocar. É a volta às origens.

Quem sabe não esteja aí algum interesse em salvar o meio ambiente, em aliança com o zequinha sarney. Seria um meio de transporte ecologicamente correto? A lenha é um combustível sustentável. É a energia solar solidificada, via fotossíntese. Sobre o jumento, há controvérsias.

Bem, caso você esteja planejando viajar de carro pelo mundo, segue os preços praticados para o litro da gasolina, em alguns países. Você pretende usar automóvel em países como a Alemanha ou a Noruega?Pode usar! Consegue imaginar a qualidade do transporte público nesses países? 
O pedro, o meirelles e o temer conhecem bem,  tenho certeza.

Preço do litro da gasolina em Real, em dezembro de 2017
                                                                                                 R$
Venezuela                                                                          0,03 ( três centavos de real)
Arábia Saudita                                                                  0,79 ( grande produtor )
Equador                                                                              1,29
Síria                                                                                      1,44 ( em guerra )
Bolívia                                                                                 1,78
Iraque                                                                                 2,11
Rússia                                                                                 2,36
Estados Unidos                                                              2,39
México                                                                              2,99
Paraguai                                                                           3,32
Argentina                                                                        4,04
Inglaterra                                                                         5,36
Brasil                                                                                4,10
Uruguai                                                                           5,25
Alemanha                                                                      5,34
Noruega                                                                         6,26





Aldo João de Sousa ( professor aposentado do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília )

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