sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Alguém precisa parar Temer urgentemente!



Michel Temer continua imprimindo, à revelia da população, uma agenda neoliberal para o País. É um contrassenso sem tamanho que um presidente, que ascendeu ao poder através de forma ilegítima, e que possui menos de 5% de aprovação popular, continue agindo de forma oposta à decisão soberana das urnas. Se a população aprovasse uma política entreguista, baseada em privataria e corte de direitos, o PSDB não teria perdido 4 eleições consecutivas. É o golpe chegando ao seu ápice, pouco menos de um ano após a deposição de Dilma.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A democracia demagoga e a revolução socialista



Ha mais de 2300 anos, o filósofo grego Aristóteles já conceituava e debatia sobre as formas de governo. Em sua obra “Política”, o pensador diferenciava a democracia da monarquia (governo autocrático) e da aristocracia (governo de poucos), justamente por ser o “governo de muitos”, ou seja, participação popular no poder. No entanto, Aristóteles fez um destaque que torna sua visão extremamente atual: as formas de governo estariam sujeitas à degradação por interesses privados de uma minoria. Nesse caso, a democracia perderia o sentido, se tornando mera Demagogia, a própria deturpação do conceito democrático.

O conceito de Demagogia, aliás, é o que temos visto aplicado nos regimes “democráticos”, de uma forma geral. Na Demagogia de Aristóteles, a representação popular é uma falácia para enganar as massas, enquanto o objetivo é exclusivamente a obtenção do poder político. Ocorre que, em uma sociedade predominantemente capitalista, onde a concentração de renda é a regra, o poder político não se diferencia claramente do poder econômico. Os interesses públicos são mitigados em detrimento dos interesses particulares e a participação popular perde completamente o sentido.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Nazismo de esquerda? Só para os mentecaptos


 
Hitler odiava os comunistas. Em seu livro Mein Kampf , editado na prisão, em 1926, ele já citava o comunismo como “um perigo judeu” e afirmava  que o marxismo era  o problema mais importante que confrontava a Alemanha à época. Em 1941, já durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Nazista invadiu a União Soviética, violando o pacto de Não Agressão Molotov-Ribbentrop, e iniciou a sangrenta guerra que culminaria com a vitória do Exército Vermelho sobre o Exército Nazista.  Durante o confronto, morreram cerca de 24 milhões de soviéticos (entre civis e militares), número superior às mortes de americanos, franceses, britânicos e chineses somadas, durante toda a Guerra.

 O ódio de Hitler foi diretamente transferido para a ideologia que criara. Karl Marx, que mais tarde se declarou ateu, era de uma família judia alemã, o que gerava ojeriza por parte dos nazistas. Existem ainda diferenças conceituais muito evidentes entre o comunismo e o nazismo: enquanto o primeiro pregava uma sociedade livre de divisões e apátrida, o segundo era apoiado na hierarquia de classes raciais e era ultranacionalista. Não existe absolutamente nada que ligaria nem de longe o nazismo ao comunismo ou à esquerda, exceto o nome do Partido Nazista: Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O Parlamentarismo à brasileira do Presidente golpista



“Se quiserem chamar o governo de semi-parlamentarista não tem problema”. A frase foi dita por Temer, no início do ano, tentando exaltar sua boa relação com o Legislativo. De fato, Temer não teve problemas nas Casas para chegar ao poder de forma ilegítima, aprovar reformas impopulares e se safar de denúncias graves de corrupção. Impopular nas ruas e popular entre os comparsas de banditismo. É surfando nessa onda antidemocrática e complacente que o Presidente quer implementar o Parlamentarismo no Brasil já nas próximas eleições. Temer quer institucionalizar e legitimar o golpe no qual foi protagonista.

No Parlamentarismo, a maioria das funções executivas é exercida por um representante do legislativo eleito pelos seus pares (Primeiro-ministro). Nesse regime de governo, o Presidente da república, eleito pelo povo, possui menos poderes do que no sistema atual, o Presidencialismo, e depende ainda mais do Legislativo para exercer seu mandato. Na prática, nenhum Presidente que se opuser às ideias do cada vez mais conservador e corrupto Congresso Nacional, será prontamente deposto. Nem será necessária a figura tragicômica de Janaína Pascoal, pois nenhuma desculpa precisará ser inventada.  

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A abstenção popular no julgamento de Temer


Não faltavam motivos para o povo ir maciçamente às ruas em todo o país nesse 2 de agosto, em que a Câmara poderia, pela primeira vez na história, afastar um presidente por denúncia de corrupção. A pressão era mais do que necessária: Temer passou as últimas semanas comprando votos de deputados com emendas, em uma imoralidade sem precedentes. Mas enquanto a “Casa do Povo” preparava a pizza, as ruas emanavam um silêncio comprometedor. O povo concedeu um apoio velado a Temer ao ficar em casa. Quem cala consente.

Não existem dúvidas quanto a culpabilidade de Temer. O Presidente foi flagrado em inúmeros casos de corrupção. No mais grave deles, seu homem de confiança, Rocha Loures, foi pego recebendo uma mala com 500 mil reais, dinheiro que seria destinado a Michel Temer como parcela semanal, a título de propina, de um esquema que duraria 20 anos. Caso a Câmara admitisse a denúncia, Temer seria afastado por 180 dias para ser julgado pelo STF. O povo deveria exigir que o caso fosse ao menos apreciado pela Suprema Corte.

Mas o jogo democrático é corrompido no Brasil. Temer já possuía algum apoio na Câmara e comprou mais. Foram bilhões de reais liberados em emendas aos parlamentares, em troca de comprometimento com a impunidade do presidente. Houve até quem tatuasse o nome do presidente no ombro, tamanha a fidelidade com o chefe da quadrilha que comanda o país. O resultado estava mais do que previsto. Apenas o referendo popular surpreendeu.

Os verde-amarelos fizeram um verdadeiro carnaval fora de época quando o assunto era pedaladas fiscais. Restou mais do que claro que não se tratava de combate a corrupção, mas sim a ódio direcionado a um determinado partido. Mas, por outro lado, os manifestantes de esquerda não marcaram presença significativa para exigir um posicionamento correto dos parlamentares. Essa equação ficou realmente difícil de resolver. Nessa bipolarização que se instalou no país não se salvou ninguém. A corrupção agradece.
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