quinta-feira, 29 de junho de 2017

República às favas. Os encontros imorais de Temer e Gilmar


Anderson Riedel/ VPR
A separação de poderes é um dos princípios republicanos mais basilares. Em nossa Constituição, é cláusula pétrea e sua afronta formal não pode se dar nem mesmo por emenda. No entanto, Temer, chefe do Poder Executivo, e Gilmar Mendes, membro da Suprema Corte e Presidente do TSE, mantêm uma amizade obscura com reuniões secretas e pautas desconhecidas. Julgador e julgado, ao se encontrarem sorrateiramente, não apenas implodem uma República já em frangalhos, promovendo uma influência mútua no poder alheio, como acabam de vez com qualquer esperança de moralidade deste governo.

Os encontros fora das agendas oficiais, ocorreram ao menos oito vezes, desde 12 de maio do ano passado, data da posse de Temer no Executivo e, coincidentemente, de Gilmar no Tribunal Superior Eleitoral. Foi após uma reunião com Gilmar Mendes, em fevereiro deste ano, que Temer decidiu pela indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori Zavascki no Supremo. Até então o nome favorito era o de Ives Gandra Filho (TST), seguido por Mauro Campbell (STJ). Influente no PSDB (partido que Moraes era filiado até então), Mendes demonstrava forte influência nas funções executivas de indicação. Mas o pior ainda estava por vir.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Sangria de Temer vai definir 2018

Lula Marques/AGPT/FotosPúblicas
Toda vez que Temer anuncia um pronunciamento, surge uma leve esperança de que ele renuncie ao mandato. Mas falta dignidade ao Presidente para assumir o fato de que seu governo, ilegítimo pela própria natureza, chegou ao fim. Temer preferiu reiterar que sangrará miseravelmente até quando lhe for possível, mentir à nação que é honesto e acusar Janot, invertendo o papel do Executivo e Ministério Público, em uma bizarra vingança com ares de ameaça. Essa desnecessária exposição do apegado Presidente definirá certamente as próximas eleições.

Os impactos políticos da sangria pública de Temer são claros. A aprovação do peemedebista gira em torno de 4%, recorde negativo na história do país. O PMDB dificilmente fará um sucessor, com tantos casos de corrupção envolvendo seus caciques. O PSDB, principal aliado do governo, também viu despencar a popularidade de seus presidenciáveis. Nas últimas pesquisas, considerando os dois cenários, Dória e Alckmin não ficaram nem entre os três mais lembrados. Enquanto Temer insiste em continuar no cargo, ele afunda sua imagem, de seu partido e aliados.

Não obstante, Lula continua liderando as pesquisas com muita folga e o PT atingiu nessa semana a maior popularidade do partido, desde a segunda posse da Presidenta Dilma Rousseff. Ironicamente, pouco mais de um ano após ter saído do poder, por intermédio de um golpe, a esquerda se mostra forte novamente e com chances reais de voltar ao poder, já no próximo pleito. Tudo graças à ação desastrosa dos próprios golpistas, que tentaram impor uma agenda neoliberal, tantas vezes derrotada nas urnas e protagonizaram tantos casos de corrupção.


Michel Temer parece acreditar nas próprias mentiras. Após acusar e intimidar o PGR, pretendendo estar apenas opinando ao utilizar um termo por ele recém-criado: a “denúncia por ilação”, ele reiterou várias vezes sua honestidade e probidade. Mas o cidadão não acredita mais. Não resta dúvida ao brasileiro de que existem indícios muito graves contra Temer, indicando corrupção passiva e obstrução à justiça. Se Temer decidiu ficar enquanto corre seu processo na Câmara e no STF, que a esquerda se organize. Pois certamente voltará em 2018.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A pizza de Aécio e a frigideira de Lula



O inferno astral de Aécio Neves parece ter chegado ao fim. O Senador mineiro recebeu duas notícias que devem garantir sua imunidade velada no sistema político brasileiro. Em apenas uma semana, Aécio teve o processo na comissão de ética arquivado no Senado e soube que Gilmar Mendes será o relator de seus processos da Operação Lava-Jato.  Ironicamente, no âmbito da mesma Operação, vazou a informação de que Moro pode condenar Lula a até 22 anos de prisão. Como sempre, pesos e medidas diferentes.

O Senador tucano foi gravado em um áudio solicitando diretamente 2 milhões de reais a  Joesley Batista para o pagamento de advogados e nomeou seu primo, o Fred, para operacionalizar a transação espúria. Ainda no áudio, Aécio fez uma insinuação macabra dizendo “Tem que ser um que a gente mata ele antes dele fazer delação”. Ainda assim, o  senador João Alberto Souza (PMDB), presidente da Comissão de Ética, o absolveu por falta de provas, antes mesmo de o julgamento acontecer.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O desdém internacional pelo governo ilegítimo

Missões oficiais de Chefes de Estado costumam selar novas parcerias e atrair novos investimentos. Esses momentos célebres costumam ser utilizados para o anúncio de acordos e tratados, normalmente benéficos às duas nações. O Brasil que, nos governos passados, se acostumou a receber e sempre ser bem recebido por grandes líderes mundiais, atravessa um momento no mínimo constrangedor. O país tem sido tratado com desdém pelo mundo democrático. A visita de Temer à Noruega foi um ato falho nas relações internacionais brasileiras e uma vergonha para o país.


Temer não teve recepção digna de Chefe de Estado no país nórdico. Não havia autoridade para recebe-lo no aeroporto, deixando claro que Temer, o ilegítimo, não teria o mesmo tratamento de um líder verdadeiramente eleito. O chefe do aeroporto ficou responsável pela modesta recepção. A imprensa norueguesa também não deu muita importância à visita: havia apenas um jornalista norueguês cobrindo a chegada da comitiva brasileira. Estava claro que esse governo corrupto e plutocrata não era bem-vindo em terras de verdadeira social-democracia.

terça-feira, 20 de junho de 2017

O Gulag pessoal de Temer





Michel Temer parece viver definitivamente no passado. Promove retrocessos sociais, possui uma visão obsoleta da economia e já chegou a chamar o Real de Cruzeiro, moeda extinta há 24 anos. Nessa semana, anunciou oficialmente missão à “República Socialista Federativa Soviética da Rússia”, trocando o nome do país de Putin pela finada nação soviética de décadas atrás. Melhor seria ter cancelado a viagem. Em território russo, o Presidente já recebeu mais notícias ruins do que os generais que ignoraram o inverno moscovita. Viver no passado não salvará o presente do presidente golpista.


Apesar de agendar encontro para quarta-feira, Putin não recebeu Temer no aeroporto. Aparentemente, o Chefe de Estado russo, assim como a maior parte dos brasileiros, não vê tanta legitimidade em Michel para ocupar o maior posto da República brasileira. Quem o recebeu foi o vice-ministro de Relações Exteriores, um cargo diminuto para a ocasião. Ano passado, na cúpula dos Brics, em Goa, Índia, Putin já havia se negado a recebê-lo, mesmo após se encontrar com cada um dos representantes dos países membros. Ter um presidente ilegítimo é um fardo para as relações internacionais do país e uma vergonha para nossa população.


sábado, 17 de junho de 2017

Temer é o chefe da quadrilha. E agora Dallagnol?




Joesley Batista afirmou à revista Época que Temer é o líder da mais perigosa organização criminosa do país. O empresário afirmou ter medo da corja peemedebista, afirmando, entre outras coisas, que eles não têm limites em seu banditismo. Mas a expressão “chefe da quadrilha” já foi utilizada muitas vezes para se referir a Lula. O Procurador Deltan Dallagnol chegou a elaborar uma constrangedora apresentação em Power Point, colocando o  Ex-presidente no centro da corrupção no país. Para definir quem de fato lidera a maior quadrilha, o MPF deverá definir se utilizará provas ou apenas convicções.

Há pouco mais de um ano, Temer chegou ao planalto através de um golpe. Após conspirar contra Dilma, por supostas pedaladas fiscais, Temer, que adotara o discurso da moralidade, solicitou propina, comprou silêncio de aliados presos, teve 18 ministros e assessores envolvidos em corrupção, espionou Edson Fachin, entre outros ilícitos.  A falácia de que era preciso retirar o PT para acabar com a corrupção foi por água abaixo. Nunca houve um presidente tão desonesto e corrupto como Michel Temer. E quem afirma é um de seus maiores corruptores: o dono do grupo controlador da Friboi – que, acreditem, não é o Lulinha.

O boato de ser o Lulinha o dono da Friboi, assim como o já citado Power Point, foi uma tentativa de desqualificar Lula que, mesmo sendo extraordinariamente investigado pela mídia e pela Lava Jato, ao longo do último triênio, continua subindo nas pesquisas eleitorais. Existe uma corrida envolvendo o próprio Dallagnol, Sérgio Moro e outros membros da “República de Curitiba” para tornar Lula inelegível até o pleito do ano que vem. Ironicamente, a justiça tem permitido que o verdadeiro chefe da quadrilha continue comandado espuriamente seus esquemas.

Em tempos em que aviões despencam e senadores são pegos falando abertamente em matar membros da família, Joesley afirmou que mantinha uma distância segura de Temer. Nem muito perto, nem muito longe, para que nada fosse armado contra ele pelas suas costas. Enquanto isso, Lula é investigado por uma reforma em um triplex, no qual nunca chegou a morar e em um sítio que não lhe pertence. Aguardaremos o novo Power Point, Sr. Dallagnol.



terça-feira, 13 de junho de 2017

O PSDB tem bandidos de estimação

Ueslei Marcelino/Reuters
Apesar de ser o protagonista em incontáveis escândalos de corrupção, o PSDB tenta adotar um discurso moralista sobre o tema. Como se fosse ilibado, apontou o dedo de acusação para o PT e liderou, ao lado de Temer, a deposição de Dilma Rousseff. Mas, aparentemente, a indignação tucana é bastante seletiva: além de proteger seus membros corruptos, o partido decidiu não abandonar o governo, sabidamente desonesto. O PSDB, assentou, não apenas apoiar, mas compor essa desintegração moral do Brasil. Que a história não esqueça.

O PSDB se utilizou do discurso de probidade para criticar o PT, partido que o derrotou em quatro eleições consecutivas. Aécio Neves abusou do discurso moralista na campanha de 2014 e chegou a “protestar”, juntamente com outros baluartes do partido, vestido de verde e amarelo, contra a “corrupção”, em 2015. Ironicamente, Aécio foi um dos maiores defensores da permanência do partido no governo do PMDB. Mesmo afastado de seu mandato de Senador pelo STF, Aécio, também envolvido pessoalmente em diversos casos de corrupção, continua frequentando a Casa e exercendo grande influência no seu partido.

Enquanto a sigla protege Aécio e decide defender Temer do indefensável, resolvendo integrar o governo mais ímprobo da história, João Dória não perde a chance de criticar Lula e o próprio PT. Um discurso carregado de hipocrisia. Lula já não ocupa cargo público, mas Dória prefere continuar com sua obsessão ao Ex-presidente a citar qualquer envolvido de seu partido ou mesmo o atual Presidente da República. Se o discurso de Dória é parcial e injusto, o silêncio das panelas é assustador. A corrupção tucana e peemedebista é aceita por governo e sociedade. Aos inimigos, a condenação. Aos aliados, o silêncio e o perdão.


O PSDB surgiu justamente de uma dissidência do PMDB. A sigla foi fundada por ex peemedebistas insatisfeitos com o governo Sarney. Agora, decreta seu fim ao insistir no apoio ao próprio partido que lhe deu origem. Se a militância tucana costuma bradar que não tem bandido de estimação, é melhor rever seus conceitos e seus votos. O partido já deixou claro que só combate a corrupção quando dela não pode tirar proveito. E que possui grande estima por alguns bandidos, entre eles seus maiores líderes e aliados mais poderosos. 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Ensaio sobre a cegueira: O segundo ato do golpe no TSE

Na aclamada obra “Ensaio sobre a Cegueira”, José Saramago utiliza a metáfora da cegueira branca para dissertar sobre ética, moral e indiferença na sociedade. O TSE parece ter sofrido uma “cegueira intencional” – como bem definiu o Procurador Carlos Lima – no teatro que protagonizam seus Ministros. O julgamento foi apenas uma mera formalidade. Temer Já estava salvo e o resultado já era conhecido por todos, antes mesmo do início do rito. Mudam-se os atores, mas a peça continua a mesma: o golpe contra os brasileiros.

Dilma foi deposta por supostas pedaladas fiscais. Seu julgamento, nas casas do Congresso, também foi um jogo de cartas marcadas. Uma simulação de devido processo legal, do qual todos já sabiam, previamente, o melancólico final. O teatro no TSE foi pela absolvição, mas serviu ao mesmo propósito. A Justiça Eleitoral poderia ser protagonista em um processo histórico, retirando o mais corrupto dos chefes do executivo da história do país, mas preferiu fechar os olhos. Temer agora ganha força para se manter no poder até o fim do mandato.

A Justiça no Brasil anda mesmo cega. O Tribunal decidiu, mesmo sob protestos contundentes do Relator, excluir o caixa 2 do processo. Tudo para facilitar a árdua missão dos Ministros de mentir para a sociedade. Se no primeiro ato da peça teatral, a presidenta honesta foi deposta, no segundo o presidente corrupto foi mantido. Se não formos para a rua, os cegos seremos nós. O sistema jurídico brasileiro está tão falido quanto o político.


No livro de Saramago, apenas uma personagem não foi atingida pela cegueira branca que, como uma doença, se espalhou de forma contagiosa. Ela pôde ver toda a barbaridade e indiferença de uma população, que aos poucos passou a agir de forma desordenada. A acusação, feita de forma heroica pelo Ministro Herman Benjamin, mostrou que ele ainda possui visão em meio a tanta cegueira. E de seu lugar do plenário pôde ver a forma vil como seus pares trataram a Justiça do país. 

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Os aviões que caem e os que derrubam presidentes



São tempos estranhos. Aviões e política têm se conectado de forma macabra no Brasil. Em 2014, o avião que transportava o candidato ao Planalto, Eduardo Campos, caiu no litoral paulista, às vésperas do pleito, sem deixar sobreviventes. No início desse ano, foi a vez do Ministro Teori Zavascki perder a vida em outro acidente aéreo, no litoral carioca. Agora, mais um jatinho promete impactar fortemente o cenário político. Não por cair, mas por ajudar a derrubar o presidente Michel temer.

Michel foi acusado de utilizar o jatinho particular de Joesley Batista, dono da JBS, em uma viagem particular, em 2011, quando ocupava o cargo que lhe era devido, de Vice-Presidente (decorativo). No afã de negar proximidade com o corruptor bilionário, o Presidente se apressou em negar a referida viagem. Esforço vão. O diário de bordo da aeronave comprovou a viagem de Temer e Marcela a Comandatuba, no dia 12 de janeiro daquele ano. O Presidente precisaria arremeter e prestar novas explicações à nação.

A nova versão de Michel também não foi convincente. Dessa vez, ele afirmou que viajou na aeronave, porém desconhecendo seu proprietário. O tombo da história foi rápido. Joesley afirmou que Temer sabia quem era o dono e que chegou a ligar para sua mãe, Dona Flora Batista, para agradecer ornamentos de flores que decoravam o jato em homenagem à Marcela. Temer mentiu que não era próximo à família Batista, prestou duas informações falsas sobre o voo e perdeu qualquer chance de desqualificar a gravação onde aparece, entre outras coisas, comprando o silêncio de Cunha e acertando valores de propina.

Muitas coisas continuam obscuras sobre os acidentes de Teori e Eduardo Campos. As investigações não prestaram à população todas as informações que ela teria o direito de saber, pela importância política dos dois casos. Nos resta agora esperar que o caso Temer tenha uma conclusão justa e com as consequências esperadas para um incidente com essa gravidade. O voo de Michel pelo Planalto chegou ao fim, de forma melancólica e repulsiva. E a caixa preta já foi aberta e escancarada para toda nação. 

sexta-feira, 2 de junho de 2017

A retórica apolítica que tenta criminalizar as esquerdas

Lula Marques/Agência PT
Nos últimos anos, a população brasileira se interessou como nunca pela política. No entanto, parte dessa população, historicamente pouco engajada, resolveu participar do debate sem se politizar. Muitas vezes munida com um conhecimento raso, baseada em uma mídia igualmente rasteira e tendenciosa, usa repetições sem sentido como munição de seu discurso. Não importa o quanto as evidências apontem para os outros lados, as esquerdas são culpabilizadas por todas as mazelas da nação. O ódio é direcionado e tem alvo certo. A todos os outros, a redenção.

O ódio, aliás, parece ter sido legitimado desde o golpe. Ele está travestido com muitos nomes, como, por exemplo, humor e opinião. Durante o processo de impeachment de Dilma, a misoginia estava liberada nas ruas e na internet. Os nomes dos quais ela foi chamada são impublicáveis. Mas as ofensas sempre eram direcionadas ao fato de ela ser mulher, colocando em dúvida sua orientação sexual, sua pretensa promiscuidade, sua sanidade mental e mesmo se uma mulher estaria apta para exercer o cargo de Presidente da República. O discurso parecia político, mas era de ódio. Era fascista e cruel.

O humor também é utilizado para atacar mulheres e outras minorias. Apenas para citar um caso recente, temos a obscenidade sem limites de Danilo Gentili, respondendo uma comunicação oficial de uma deputada do PT. A resposta consistiu em rasgar o conteúdo, o colocar nas partes íntimas e devolver, cheio de ironia, à Parlamentar (tudo isso sem ler o conteúdo). Teria o “humorista” tido a mesma reação se a comunicação viesse de um deputado homem e de um partido de direita? Honestamente, creio que não. Não precisa falar que a presepada foi comemorada pela área conservadora da sociedade, que aproveitou para ofender ainda mais Maria do Rosário, nas redes sociais. Acabou a empatia. E sem empatia, sobrevive o ódio. E o ódio contra a esquerda é lícito e exaltado.  

Os exemplos não param por aí.  Para aquele que quer debater política sem se politizar, a corrupção foi toda causada por um único partido, os militantes de esquerda são defensores de bandidos, os manifestantes que não usam camisa da CBF são vândalos e quem exige democracia está promovendo uma guerra civil. Sob o ponto de vista do “neo politizado” a sociedade fica dividida em “cidadãos de bem” e “vagabundos e criminosos”. Essa é a luta do bem contra o mal, no país do preconceito legalizado. E se você está do “lado do bem”, você pode chamar a luta do oprimido de violência ou simplesmente de “mimimi”. Afinal, você está munido do ódio. O ódio contra esses esquerdopatas.


Criminalizar as esquerdas, representadas por seus políticos e militantes, interessa apenas aos maiores detentores de Capital e poder.  Aos maiores grupos industriais, aos grandes empresários da comunicação e à ala conservadora da política no Congresso. A “caça aos comunistas” abrirá um vácuo no poder a ser ocupado por algo tenebroso. Extrema direita e bancada evangélica são candidatas. Mas quem debate política sem se politizar, não se preocupa com as consequências. 
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