Quando o PSDB abriu a ação no Tribunal Superior Eleitoral
pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer, ainda em 2014, a intenção era
claramente ter alternativa para destituir a presidenta. Caso o Congresso corrupto
não condenasse Dilma por pedaladas fiscais, o golpe viria via Justiça eleitoral.
Agora, o autor do pedido tenta separar as contas para inocentar Temer e
condenar Dilma. Mas a separação não se sustenta juridicamente. Temer vai ser
engolido e teremos eleições indiretas. O golpe dentro do golpe.
A justiça eleitoral já cassou o mandato de ao menos seis
governadores de Estado. Em nenhum dos casos foi sequer levantada a hipótese de
separação da chapa. Nem mesmo os que guardam alguma semelhança, como o do
governador cassado do Piauí, Mão Santa, cujo processo no TSE foi por abuso de
poder econômico na campanha para reeleição. Não existem precedentes desse tipo
de desmembramento na legislação brasileira. Ao menos, desde a revogação da
Constituição de 1946, a última que previu votação para presidente e vice
separadas e independentes, sem a formação de chapas.quarta-feira, 29 de março de 2017
segunda-feira, 27 de março de 2017
O Brasil tem seu próprio Trump. E não é o Bolsonaro
Jair Bolsonaro tenta ganhar algum espaço com o eleitorado
conservador, comparando-se com o presidente americano Donald Trump. Mas, além
do fato de possuírem ideias igualmente repugnantes, os dois políticos pouco têm
em comum. Enquanto o milionário americano se orgulha de nunca ter dependido de
dinheiro público, Bolsonaro é político de carreira desde 1989, quando se elegeu
vereador. Há 26 anos é deputado “baixo clero” na Câmara Federal e antes era
servidor público do exército. Foi a população quem sempre bancou o machismo e o
racismo de Bolsonaro. Sim, saiu do nosso bolso.
Sergio Moro e o poderoso chefão
texto publicado pelo responsável pelo blog originalmente no Brasil 247 em 21/03/2017
Em um dia, Sérgio Moro gravou um vídeo nas redes sociais
afirmando que a grande maioria ou a totalidade da população o apoiava. No
outro, determinou a condução coercitiva de um crítico seu da imprensa
independente, de forma abusiva e injustificada. Moro tem uma visão
megalomaníaca e equivocada de que toda a população o apoia, por isso se sente
mais poderoso que a própria toga. Quem precisa de apoio da população é
político. Juiz precisa aplicar a lei com isenção, se manifestar nos autos e não
praticar nenhum tipo de perseguição.
MBL convoca: pelo direito de perder direitos
texto publicado pelo responsável pelo blog originalmente no Brasil 247 em 10/03/2017
O Brasil vive a pior recessão econômica de sua história.
Desemprego, caos nas na segurança pública e barbárie nos presídios são fatos
recorrentes em um país em frangalhos. Escândalos de corrupção atingiram os mais
altos cargos de um governo ilegítimo e plutocrata, que permanece impune, graças
a um poder judiciário conivente e parcial. Não há dúvidas! O povo tem muito o
que reivindicar.
A mídia e o golpe: quando nos chamaram de loucos
texto do responsável pelo Blog publicado originalmente no Brasil 247 em 16/03/2017
Há um ano, o Brasil se preparava para entrar em um dos
períodos mais tristes de sua história. A Câmara dos Deputados escolhia os
membros da comissão especial, que iniciaria em poucas semanas o teatro do
absurdo que foi o julgamento de Dilma Rousseff. A grande mídia se encheu de
especialistas para convencer o Brasil de que nossa presidente era a única
responsável pelas mazelas de nosso país. Crescia o ódio ao PT. Quem não
compartilhasse esse sentimento era burro ou louco. Deveria ir para Cuba. Não
entendia de política.
O Crime e o castigo de Michel
texto de Guilherme Coutinho (responsável pelo Blog) publicado originalmente pelo Brasil 247 em 2/3/2017
Na obra Crime e Castigo, do escritor russo Fiódor
Dostoievski, o personagem principal Rodion Raskólnikov comete um grave crime
para se tornar uma pessoa "extraordinária" em oposição à vida
"ordinária" que levava até então. Tudo isso baseado em uma teoria
desenvolvida por ele mesmo, que se achava um gênio, apesar de não ter
comprovação material alguma disso.
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